Mês: julho 2017

Dom Antonio Campelo – A história de quem fez história

Desafiar as distâncias, mesmo que com transporte animal. Enfrentar o sol quente, a poeira do verão e o lamaçal no inverno para promover o bem da humanidade. Isso faz de Dom Campelo um homem de Deus.
A Irmã Maria Auxiliadora de Menezes, da ordem das Medianeiras da Paz, veio de Petrolina e aqui se integrou aos trabalhos da Semana Missionária Vocacional, trazendo um forte testemunho de quem conheceu Dom Campelo em vida e profundo conhecimento da sua obra, da sua personalidade e expectativas para o processo de beatificação deste Bispo arrebatado pelo amor de Deus, cujo lema foi: “TUDO FAREI PELOS ELEITOS – TUDO FAREI PELAS ALMAS QUE DEUS ME CONFIAR”
Impressionado com a grande extensão territorial da Diocese de Petrolina, que compreendia todo o Alto Sertão de Pernambuco, o Bispo, que pautou toda a sua vida a luz da palavra de Deus, exclamou: “NÃO DEIXAREI NINGUÉM A MARGEM” e assim desafiou todas as dificuldades comum à uma região distante dos grandes centros, com pouca estrutura e escassez de recursos que possibilitassem melhor qualidade de vida e um pouco mais de dignidade.
Com o zelo do bom Pastor, Dom Campelo foi atrás do seu povo e em cada lugar desenvolveu ações que fazem até hoje uma grande diferença na vida das pessoas. Aqui destacamos algumas obras:
1- Em 1962 fundou a EMISSORA RURAL – Para que a voz do pastor chegasse a todos os rincões da diocese;
2- Criou as escolas radiofônicas para atender às famílias da Zona Rural, doando três mil rádios sintonizados na emissora Rural, além de disponibilizar uma equipe de professores para atender essas famílias;
3- Criou o Sindicato dos Trabalhadores Rurais e as Legiões Agrárias, uma clara preocupação com o bem-estar do homem do campo;
4- Criou a obra da Santa Infância no interior da diocese, para atender crianças desamparadas, revelando um “Coração ardente da caridade de Cristo”.
5- Fundou a Vila São Francisco, no ano de 1957, com 28 casas para abrigar vítimas das enchentes do Rio São Francisco, na cidade de Petrolina;
6- Fundou o Patronato Agrícola do São Francisco, pioneiro no serviço de irrigação nesta região, capacitando as famílias ribeirinhas a cultivarem a terra;
7- Criou a Cáritas Diocesana para desenvolver ações de caridade juntos aos marcados pela extrema pobreza;
8- Ampliou o Instituto São José em Petrolina, com a criação da Escola Industrial e o grupo dos escoteiros, para atender crianças e adolescentes em situação vulnerável;
9- No ano de 1959, lançou seu olhar para as mulheres do Sertão do Araripe, sensível a falta de condições mínimas e ao grande número de mortes das parturientes. Criou em Araripina a Maternidade Santa Maria;
10- Em 1967, criou o Hospital e Maternidade Santa Maria, demonstrando rara capacidade de articulação com as autoridades. Esta obra provocou a chegada da energia elétrica e telefonia;
11- Em 1967, criou em Araripina a Escola Normal Dom Malan, com oferta de ensino de nível médio, até então inexistente na cidade, atendendo a sua visão que contemplava a saúde, educação e as causas sociais;
12- Neste mesmo ano, tomado com a preocupação da formação profissional e educação da juventude, criou em Araripina o Centro Social Urbano;
13- Em 1967 criou na cidade de Santa Maria da Boa Vista o Hospital Santa Maria.
14- Em 10 de dezembro de 1968, vendo a paz sempre ameaçada, a desorientação religiosa das famílias, a extrema miséria do seu povo, fundou o INSTITUTO SOCIAL DAS MEDIANEIRAS DA PAZ, com o lema: “TUDO FAREI PELOS ELEITOS” e o carisma de: Ser Presença de Construção e Mediação da Paz. MEDIAR CONSTRUINDO A PAZ, sendo presença atuante nas paróquias mais pobres quanto ao ambiental, ao social, e ao topográfico.
A Congregação das Medianeiras da Paz solicitou e espera da Igreja a abertura da causa de Beatificação de Dom Campelo. É um processo exigente, sério e de longa caminhada a ser empreendida, que exige todo um trabalho de resgate da sua história, percepção das virtudes por ele vivenciadas, dos sinais de santidade em sua vida, pontuou a Irmã Auxiliadora de Menezes.

UTI – Precisamos muito e não temos

A região do Araripe pernambucano com população estimada em 300 mil habitantes, conta atualmente com 10 leitos de UTI, instalados no Hospital Regional em Ouricuri. Como se sabe, esse número é insuficiente para atender todas as demandas desta região.

O Hospital e Maternidade Santa Maria e a população geral querem mais leitos de UTI, e isto se dar por conta dos inúmeros casos em que se precisa de um leito e não se tem, causando dor e transtorno para os que necessitam.

Diante das experiências vividas, da eminente abertura do Centro de Hemodiálise, que já se encontra totalmente pronto, aguardando tão somente o credenciamento do Ministério da Saúde, as Irmãs Medianeiras da Paz, abraçaram mais um desafio: Instalar a UTI no menor espaço de tempo possível, e, ai vem a pergunta: Com quais recursos? É bem verdade que um projeto deste é muito caro, considerando que todas as etapas de construção e instalação tem critérios rigorosos e exigem o que há de mais seguro para poder funcionar.

Com o sonho na cabeça, e a determinação para fazer, a Irmã Maria Luíza Mota da Silva – Diretora Administrativa do hospital, acompanhada da Dra. Regina Torres Lage – Diretora Clínica, apresentou o projeto básico de construção, elaborado pelo engenheiro Pedro Henrique Batista, para alguns membros da Sociedade Civil Organizada, quais sejam: Relva Caetano, representando o Lions Club de Araripina,  Hemã Bandeira Portela, representando o SINDUSGESSO, Ederval de Barros Gris Júnior e Nilton Armstrong Jacó, representantes da Loja Maçônica Luz, Liberdade e Justiça, Airton Lage, representando a consultoria Oficina de Ideias, Pedro Henrique Batista, responsável pela elaboração e explanação do projeto de construção.

No encontro, várias iniciativas já foram tomadas com vistas a ampliar o público alvo, dentre elas a formação de uma equipe que desde já irá dedicar-se para que se faça cumprir a fala do poeta Fernando Pessoa “O homem sonha, Deus permite e as coisas acontecem”, que assim seja, afinal nós precisamos, nós queremos nós teremos a nossa UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA. Deus seja louvado.

 

 

Morais receberá o próximo Mutirão de Saúde

 

 

A equipe gestora e a comissão organizadora dos eventos alusivos aos 50 anos do hospital, definiu que o próximo Mutirão de Saúde será no distrito de Morais.

Vale lembrar que os que já foram realizados: Praça Dom Campelo (Hospital), Serrania e Nascente, foram positivamente avaliados pela população e também pelos organizadores.

Os mutirões de saúde, mobilizam o corpo clínico do hospital, gestores, colaboradores, e vários parceiros, que de forma voluntária, trabalham aos domingos para oferecer o que o hospital faz nestes 50 anos, serviços de saúde.

Celebrar 50 anos representa sobretudo a consolidação de um ideal, a marca de um trabalho amparado nos valores da espiritualidade e da filantropia, neste sentido o hospital lançou as campanhas: EMPRESA AMIGA DO HOSPITAL, para patrocinarem os custos desta campanha. E ainda a campanha SOU AMIGO DO HOSPITAL, com doações voluntárias para ajuda na manutenção geral.

Na avaliação da Irmã Luíza Mota – Diretora Administrativa do HMSM, a tendência é que os próximos atinjam os resultados esperados com mais facilidade, considerando que as equipes estão se aprimorando e cada uma já sabe o que deve fazer, antes, durante e depois de cada evento.

O hospital no seu Jubileu de Ouro, procurou sair de suas instalações e ir para as comunidades, além disto, vários eventos programados mês a mês que destacam a sua história, o legado deixado pelo seu fundador, Dom Antônio Campelo, abraçado com o maior entusiasmo pelas Irmãs Medianeiras da Paz, que incansavelmente marcam um novo tempo para esta importante organização, tanto no seu aspecto de serviços como na infraestrutura física, com o propósito de acolher mais e melhor a cada dia.